Governador:
José Marcelino de Souza
Presidente da Assembleia Geral:
José Cupertino de Lacerda
Presidente do Tribunal de Justiça:
Bráulio Xavier da Silva Pereira
Denúncias na imprensa dão conta de que, enquanto o governador José Marcelino,excursiona pelo sul do país, esbanjando pompas e luxo, o estado se encontra na miséria, entregue ao abandono, inclusive com os salários do funcionalismo em atraso.
Surgem divergências entre Severino Vieira, senador federal e chefe do Partido Republicano, e José Marcelino, governador do estado, outrora grandes amigos. Com a proximidade das eleições, José Marcelino, demonstrando independência, lança a candidatura de Araújo Pinho à sua sucessão, sem o aval de Severino Vieira. O rompimento é inevitável.
O senador Severino Vieira, após o rompimento com o governador, e na tentativa de manter o controle político do estado, lança Joaquim Tosta como candidato ao governo do estado, por acreditar ser este um nome simpático e de prestígio.
Aurélio Viana, em sessão na Assembleia Legislativa, apresenta uma moção de solidariedade ao governador José Marcelino, pela indicação de Araújo Pinho para concorrer ao governo do estado. A moção acaba não sendo votada, por falta de quórum.
Miguel Calmon é indicado para ocupar o Ministério da Indústria e Viação, contra a vontade de Severino Vieira.
Rui Barbosa visita Salvador após a missão de representar o Brasil na Conferência Internacional de Haia, sendo saudado com grandes festas.
O jornal Diário da Bahia deixa de ser órgão oficial de divulgação dos atos da administração do estado, os quais, inclusive os expedientes dos tribunais, passam a ser publicados no jornal A Bahia.
É grave o quadro de crise que se abate sobre o estado. O povo queixa-se de preços dos gêneros de primeira necessidade, os funcionários públicos estaduais chegam a ficar dez meses sem receber salários, enquanto as classes produtoras estão submetidas ao pagamento de vários impostos. O contingente de mendigos aumenta a cada dia nas ruas de Salvador.
Não só a cidade do Salvador sofre com a falta de higiene. O saneamento básico é precário em todo o estado, as doenças proliferam, alguns colégios chegam a suspender as atividades devido às deficiências nas condições sanitárias. A população cobra soluções urgentes das autoridades.
O governador do estado concede à Companhia Valença Industrial o direito à exploração industrial da energia elétrica “pelo aproveitamento e utilização da força hidráulica do rio Jequiriçá, entre a barra do Riacho do Ouro e a foz daquele rio”.
A imprensa se solidariza com as dificuldades da região sertaneja, em sua luta em prol da construção de novas vias férreas, do prolongamento das já existentes, e da açudagem.
É organizada no bairro comercial uma manifestação popular em homenagem ao repórter do Diário de Notícias, Cosme de Farias, “o defensor dos pobres e dos desprotegidos”.
As repartições sanitárias baixam instruções, orientando a população para o combate à peste bubônica, “pois somente a ação conjunta nos livrará deste terrível mal”: fazendo a higiene por si, asseando suas casas, dando combate às pulgas e aos ratos, eliminando, assim, os agentes transmissores.
A tuberculose apresenta índices altíssimos no estado. A Liga Baiana Contra a Tuberculose não dispõe de recursos necessários para combater esse grande mal.
A varíola prolifera nos municípios de Ilhéus e Bonfim. Seus intendentes requisitam ao inspetor de Higiene Estadual urgência na remessa de vacinas.
O governo divulga oficialmente a extinção da peste bubônica no município de Salvador, graças à ação conjunta dos governos estadual e municipal. “Os fados benignos já podem ser louvados pela população inteira e unânime da cidade do Salvador, porque os nossos horizontes estão limpos das nuvens pretas, que Ihes davam um aspecto tão triste”. Apesar da euforia com que fora divulgada pelas autoridades a erradicação do mal, verifica-se, poucos dias depois, ocorrência de dois casos da moléstia na Freguesia da Conceição da Praia.
O médico Manoel Esteves de Assis, eminente cientista baiano, lança a obra Medicina popular ou Medicina ao alcance de todos, em fascículos de 32 páginas. Na obra, o autor apresenta a anatomia humana com uma linguagem clara, ao alcance do leigo.
É lançada campanha de subscrição popular pelo Instituto de Proteção e Assistência à Infância, solicitando doações em dinheiro. O Instituto é mantido basicamente pela iniciativa privada, “às custas do devotamento sem par de seus diretores e da dedicação do povo baiano, sempre pronto
a concorrer para fins tão nobres”.
A imprensa registra o estado de abandono em que se encontra o Instituto Agrícola, próximo à capital, que ensinava aos agricultores diversas técnicas de lidar com a terra. Na festa de São Bento das Lages, autoridades do governo do estado demonstram interesse na sua recuperação.
É publicada lei abolindo os impostos sobre os vencimentos dos membros do Poder Judiciário e de todos os funcionários públicos ativos e inativos.
Comerciante retalhistas do estado elaboram documento de protesto contra o imposto que são obrigados a pagar, considerando-o injusto e vexatório. Nas suas argumentações, chegam ao ponto de rotular o governo como “ladrão e irresponsável”.
Continua o derrame de cédulas falsas em quase todo o estado. O combate à falsificação ainda não surte o efeito desejado, sendo necessária a adoção de medidas mais rigorosas.
É reinaugurada a Fábrica Nossa Senhora da Conceição. A União Fabril da Bahia restabelece as atividades de sua importante fábrica de fiação e tecidos, uma das primeiras do estado.
A polícia, além de reprimir os resquícios do entrudo no Carnaval, regulamenta os horários e espaços públicos para a realização dos festejos. A partir deste ano o Carnaval adquire novo perfil, com desfile de carros e carruagens conduzindo foliões.
O médico Manoel Esteves de Assis, eminente cientista baiano, lança a obra Medicina popular ou Medicina ao alcance de todos, em fascículos de 32 páginas. Na obra, o autor apresenta a anatomia humana com uma linguagem clara, ao alcance do leigo.
É lançada campanha de subscrição popular pelo Instituto de Proteção e Assistência à Infância, solicitando doações em dinheiro. O Instituto é mantido basicamente pela iniciativa privada, “às custas do devotamento sem par de seus diretores e da dedicação do povo baiano, sempre pronto a concorrer para fins tão nobres”.
A imprensa registra o estado de abandono em que se encontra o Instituto Agrícola, próximo à capital, que ensinava aos agricultores diversas técnicas de lidar com a terra. Na festa de São Bento das Lages, autoridades do governo do estado demonstram interesse na sua recuperação.
É publicada lei abolindo os impostos sobre os vencimentos dos membros do Poder Judiciário e de todos os funcionários públicos ativos e inativos.
Comerciante retalhistas do estado elaboram documento de protesto contra o imposto que são obrigados a pagar, considerando-o injusto e vexatório. Nas suas argumentações, chegam ao ponto de rotular o governo como “ladrão e irresponsável”.
Continua o derrame de cédulas falsas em quase todo o estado. O combate à falsificação ainda não surte o efeito desejado, sendo necessária a adoção de medidas mais rigorosas.
É reinaugurada a Fábrica Nossa Senhora da Conceição. A União Fabril da Bahia restabelece as atividades de sua importante fábrica de fiação e tecidos, uma das primeiras do estado.
A polícia, além de reprimir os resquícios do entrudo no Carnaval, regulamenta os horários e espaços públicos para a realização dos festejos. A partir deste ano o Carnaval adquire novo perfil, com desfile de carros e carruagens conduzindo foliões.