Governador:
Antônio Ferrão Moniz de Aragão
Presidente da Assembleia Geral:
Frederico Costa
Presidente do Tribunal de Justiça:
Bráulio Xavier da Silva Pereira
É criado o município de Chorrochó.
Cria-se campo de instrução para a artilharia do Exército no município de Camaçari.
Seguindo o novo programa de eficiência militar, criado pelo governo federal, com a finalidade de aperfeiçoar a defesa do país, os fortes da Bahia são reformados, modernizados e adquirem novos canhões.
Cacauicultores apelam para o Senado, para terem reduzidos os impostos de exportação, cujo ônus é superior à capacidade da lavoura, além do que as exportações ficaram restritas aos Estados Unidos.
A lavoura do algodão entra em crise. Os agricultores baianos solicitam a intervenção do governo federal para que, através do Banco do Brasil, seja autorizada a aquisição do produto a preços equivalentes aos das exportações, a exemplo do café e da borracha, a fim de reduzir os prejuízos e salvar a lavoura.
É fundada, em Salvador, a Câmara Portuguesa de Comércio e Indústria, instalada no edifício da Associação Comercial.
As medidas de redução nas tarifas de transportes de cereais, tomadas pelo governo na tentativa de favorecer a produção, não produzem o efeito esperado, uma vez que as condições deploráveis em que se encontram as estradas danificam as cargas.

“Transformações de Antônio Moniz.” A publicação desta charge provoca o empastelamento do jornal A Hora.
Gera protesto a nomeação de Otávio Barreto, parente do governador Antônio Moniz, para a intendência do rico e próspero município de Belmonte, por ser acusado de transações danosas aos cofres públicos.
A cidade de São João do Paraguaçu passa a se chamar Mucugê.
Soldados baianos partem para a guerra. O jornal A Tarde manda celebrar missa na igreja do Bonfim, em súplica a Deus para que os proteja.
Causa indignação aos baianos o atentado ao jornal Diário da Bahia, covardemente assaltado pela Força Pública. Diante do fato, o senador Rui Barbosa rompe com o governo baiano, enquanto o deputado federal João Mangabeira protesta contra o incidente da tribuna da Câmara, em veemente discurso.
O Clube Baiano de Tênis promove festa em benefício das famílias dos marinheiros que partiram para a guerra.
Os operários das fábricas de tecidos declaram-se em greve por melhores salários, os quais não acompanham os aumentos dos gêneros alimentícios.
O fim da guerra, em 11 de novembro de 1918, leva o povo baiano às ruas, em grande cortejo cívico e comemoração da vitória das forças aliadas.
A intendência municipal de Salvador ameaça fechar o Colégio Nossa Senhora do Salete, destinado à educação de crianças órfãs, pelo não recolhimento das décimas referentes ao período de 1911 a 1916.

A Revista Bahia Ilustrada é considerada uma das melhores publicações brasileiras.
A gripe espanhola prolifera na Bahia, já se tornando uma epidemia. Professores da Faculdade de Medicina oferecem ajuda ao governo para debelar o mal.
A homeopatia ganha força no estado, a partir do surgimento das epidemias de gripe espanhola e varíola, sendo muito eficaz no tratamento destes surtos. É inaugurado o laboratório de produtos homeopáticos de Alfredo Soares da Cunha Filho.
A Faculdade de Medicina embarga o doutoramento fácil, exigindo que os médicos prestem exames no 5° e 6° anos, comprovando, assim, a sua eficiência profissional.
A escassez de óleos combustíveis e lubrificantes obriga os carros da Linha Circular a pararem, por falta de energia, sendo substituídos por carroças, no transporte de passageiros.
A falta de carvão, em decorrência da guerra, vem provocando a prática de contravenção ao regulamento florestal do estado da Bahia, com a derrubada indiscriminada de árvores.
Começa a circular o jornal O Imparcial, dirigido por Lemos de Brito.
Uma comissão de professores baianos dirige-se ao presidente da República, solicitando sua intervenção para solucionar a questão de seus vencimentos em atraso. Eduardo Ramos e Miguel Calmon publicam um manifesto, explicando os trabalhos e esforços empregados pela colônia baiana em prol dos professores municipais.
A Bahia é boa terra
Tem belezas, tem primores
Mas o calote nos ferra
Mas não paga aos professores
Ai… Ai… Ai
Era assim que o “ fessô” chorava
Quem dá o pão dá o ensino
Diz o velhíssimo refrão
A gente ensina ao menino
e ninguém nos manda o pão.
Ai…Ai… Ai
Era assim que o “ fessô” chorava. (…)
(Anônimo. Canção do Professor Baiano)
É construído, no bairro da Lapinha, pelo Instituto Histórico e Geográfico, o Pavilhão Dois de Julho, destinado à guarda dos carros simbólicos dos festejos do Dia da Independência da Bahia.
Inaugura-se em Caldeirão, município de Areia, uma grande feira de gado, em prol do desenvolvimento da pecuária no estado da Bahia.
Vão a leilão as mercadorias encontradas nos paquetes alemães retidos em nossos portos, durante a guerra, e que foram confiscadas pelo governo brasileiro.
O município de Santo Amaro solicita ajuda ao chefe de polícia para debelar a prática do jogo do bicho que se instalou na cidade, deixando a população eufórica, a fazer apostas desde o amanhecer, aproveitando os últimos momentos de jogo.