importantes eventos sociais e culturais, notadamente o I Salão Baiano de Belas Artes, com a presença de artistas modernos de todo o país, e nele viveria Otávio Mangabeira nos seus últimos anos de Bahia.

A Igreja católica mantém a proibição de lavagem de qualquer espécie de templo católico acompanhado de cortejo carnavalesco. A Cúria Metropolitana afirma que o controle será rígido, “para que a Bahia conserve seus nobres faróis de terra católica”.

Eric Pavel e Gaston de Liser, da Pan American, preparam um filme sobreo estado da Bahia, que será exibido em todos os cinemas do mundo, neste ano do IV Centenário de Fundação da Cidade do Salvador.

Deixa grande lacuna nos meios culturais da cidade a morte do professor Braz do Amaral, fundador do Instituto Geográfico e Histórico da Bahia, do qual foi orador por vinte anos. Exerceu também o cargo de presidente da Comissão Organizadora do I Congresso de História da Bahia.

Com os originais adquiridos pelo Instituto Geográfico e Histórico, a Secretaria de Educação do estado anuncia a editoração da obra de Teodoro Sampaio, História da fundação da cidade do Salvador.

 A srta. Hilda Hilária de Almeida é eleita a primeira rainha negra do Carnaval baiano.

O radialista Renato Mendonça, da Rádio Sociedade da Bahia, realiza o I Concurso de Músicas Carnavalescas do estado. Vence o compositor Edson Menezes, ritmista da emissora.

 

É inaugurada a Casa de Retiro São Francisco, em Brotas, sob a inspirações responsabilidade do franciscano frei Hildebrando Kruthaup.

Entra em funcionamento o Hospital das Clínicas, hospital-escola da Universidade Federal da Bahia, casa de pesquisa universitária e clínica para casos especiais.

Instala-se, no Instituto Geográfico e Histórico, o I Congresso de História da Bahia.

É inaugurado o Arquivo Público do estado.

Inaugura-se o Senai – Serviço Nacional da Indústria, entidade voltada para a área de recursos humanos, com a formação de quadros especializados.

A pintura baiana representa bem a arte brasileira na figura de Lucila Fraga, que, em Buenos Aires, tem seus quadros elogiadíssimos pela técnica e inspiração.

No município de Pombal é criado um posto de proteção aos índios Kiriris, antigos ocupantes da região.

É fundada na Bahia a Coligação Acadêmica Democrática, congregando lideranças estudantis e intelectuais, voltada para a “vigilância diuturna da democracia”.

Inaugura-se, na Praça da Sé, o Cine Excelsior, com as presenças do governador, do prefeito e do comandante da 6ª Região Militar. O cinema pertence à Congregação Mariana, entidade católica.

São lançados, em Salvador, dois livros importantes, por conta dos festejos alusivos ao IV Centenário da cidade. São eles: Itapagipe, de Hermano Requião, e Bahia Flor, de Wilson Rodrigues.

O governo do estado financia a montagem da peça Auto da Graça e Glória da Bahia, em comemoração ao IV Centenário de fundação da cidade do Salvador, inaugurando Teatro do ICEIA. No elenco, entre outros, Enock Torres, Wilson Mello e Jurema Penna. A crítica não poupa elogios: “No Brasil, jamais houve no gênero espetáculo idêntico, tão grandioso e completo (…)”

Registro estimulante para os baianos: no governo de Otávio Mangabeira, a frequência escolar eleva-se para 45%.

Na comemoração do centenário de nascimento de Rui Barbosa, presentes o governador Otávio Mangabeira e demais autoridades, chegam à Bahia os restos mortais do ilustre baiano para guarda perpétua na sua cripta no fórum que leva o seu nome. A urna desfila por pontos estratégicos da cidade e a multidão lhe presta as últimas homenagens.

Na sequência de homenagens a Rui Barbosa, por conta do seu centenário, abre-se a Casa de Rui Barbosa, na rua com o seu nome, com a presença do vice-presidente da República, do governador do estado e do prefeito de Salvador. No fórum recém-inaugurado, instala-se uma cabeça em bronze, marcando a cripta, obra do jovem escultor baiano Mário Cravo Júnior.

A irmã Dulce (que se tornaria uma legenda humanista do estado) dirige a Escola Doméstica do Círculo Operário da Bahia, cujo objetivo é preparar moças pobres para serviços domésticos.