Governadores:
Antônio Carlos Magalhães
João Durval Carneiro
Presidentes da Assembleia Legislativa:
Murilo Cavalcanti
Luiz Eduardo Magalhães
Presidente do Tribunal de Justiça:
Manuel José Pereira da Silva
O Tribunal de Contas do estado não aceita a prestação de contas da Fundação Cultural da Bahia, referente aos anos de 1975, 1976 e 1977, recomendando inquérito administrativo e, depois, inquérito policial, em decorrência do desaparecimento de um total de 3.756 peças do Museu de Arte do estado.

Serra da Santa Cruz, Monte Santo.
Fontes do Ministério da Educação e Cultura anunciam o tombamento do santuário de Monte Santo, no interior baiano, próximo à região de Canudos.
Por sugestão de Gilberto Gil, o Jornal da Bahia lança intensa campanha para preservar as dunas de Itapuã e a Lagoa do Abaeté, culminando com o lançamento da Carta do Abaeté, assinada por pessoas de todos os segmentos da sociedade baiana. O prefeito Renan Baleeiro, sensível aos apelos, decreta a desapropriação de uma área de 2,5 milhões de metros quadrados que passa a constituir o Parque da Lagoa e das Dunas do Abaeté.
O governador Antônio Carlos Magalhães inaugura as obras de restauração e reforma do Solar Boa Vista, no bairro de Brotas. No local será sediada a Prefeitura Municipal de Salvador.
Projetada e iniciada na gestão do então prefeito Mário Kertész, é inaugurada pelo governador Antônio Carlos Magalhães a Estação da Lapa, oficialmente denominada Estação Clériston Andrade, em homenagem ao ex-prefeito da capital, morto em acidente aéreo no ano anterior.
É inaugurada pelo governador, no Centro Administrativo da Bahia, a Casa do Prefeito.
Em frente ao prédio da Assembleia Legislativa é inaugurado um monumento oferecido pela Prefeitura Municipal ao governador Antônio Carlos Magalhães, simbolizando suas três gestões – uma no executivo, municipal e duas no estadual.
João Durval Carneiro é empossado no governo do estado.
Eleito pela Assembleia Legislativa, é empossado o novo prefeito de Salvador, Manoel Castro.
O governador João Durval, em visita ao município de Tucano, institui o Programa Especial de Combate à Seca.
Tumulto e greve na Refinaria Landulfo Alves, em Mataripe, Ievam a sua ocupação pela polícia.
O deputado Élquisson Soares, do PMDB baiano, referindo-se à miséria nordestina, em pronunciamento sobre a atividade parlamentar no Brasil, classifica as sessões do Congresso Nacional “como velório, onde se entoam cânticos de encomendação de providencias que nunca chegam”.
Mais de cinquenta mortos e inúmeros feridos é o saldo do grave desastre ferroviário na cidade de Pojuca, Região Metropolitana de Salvador, em consequência da explosão de dois vagões carregados de gasolina de uma composição da Rede Ferroviária Federal.
Instalada no estacionamento do Shopping Center Iguatemi, realiza-se em Salvador a I Feira Baiana dos Municípios, sob patrocínio das Voluntárias Sociais do estado.
A Assembleia Legislativa aprova, por unanimidade, projeto de lei de autoria do deputado Jorge Hage, do PMDB, proibindo despesas com festividades e homenagens a autoridades com recursos públicos.
O Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa elege os quatro deputados que se destacaram durante o ano: o presidente Luís Eduardo Magalhães, do PDS, e Jorge Hage, Filemon Matos e Luís Humberto, do PMDB.
O Tribunal Superior Eleitoral anula 25 urnas eleitorais do município de São Sebastião do Passé, alijando da Assembleia Legislativa do estado, o deputado Ernâni Rocha, do PDS. Em seu lugar assume João Emílio, primeiro suplente do mesmo partido.
A fome mata crianças na zona rural de Uauá, levando muitas mães a doarem seus filhos. A região atravessa uma das piores secas da sua história.
É empossado na cadeira de n° 37 da Academia de Letras da Bahia o ex-governador Antônio Carlos Magalhães.
Registro na imprensa (jornal A Tarde): “Perdidos no plenário, seis deputados estaduais compõem a Bancada do Silêncio. Durante todo o Neto, Jayme Vieira Lima, Leônidas Cardoso, Raimundo Ribeiro, Ribeira Tavares e Sebastião Ferreira, todos do PDS, formam o grupo”.
A dívida externa da Bahia, segundo noticia a imprensa, atinge 185 milhões de dólares.
O educador e cientista político Luiz Augusto Fraga Navarro de Brito é eleito para a Academia de Letras da Bahia.
É lançado o livro “Irmã Dulce dos Pobres”, da jornalista Maria Rita Pontes, sobrinha de Irmã Dulce. Centenas de pessoas comparecem ao evento, no Shopping Center Iguatemi.
Vários monumentos históricos passam a receber tratamento especial de restauração, para serem incorporados às atividades turísticas e culturais do estado. O Solar do Unhão passa a ser atração da noite com o espetáculo Som e Luz, de sofisticada tecnologia; o Museu de Arte da Bahia ganha novas instalações no solar Cerqueira Lima, um casarão setecentista no bairro da Vitória, e um programa de iluminação dos monumentos é implantado em toda a cidade. Em Cachoeira, no recôncavo, o convento do Carmo é recuperado.
A tradicional entrega de presentes a lemanjá, na sua festa no Rio Vermelho, acaba em tragédia, com registro de dois mortos e alguns desaparecidos, em decorrência do naufrágio do barco Estrela do Oceano, que transportava cerca de 60 pessoas.
É celebrado contrato de doação, através do qual o valioso acervo bibliográfico do professor Manoel Pinto de Aguiar, composto de cerca de dez mil volumes, passa a pertencer à Universidade Federal da Bahia.
Novo movimento cultural começa a ser percebido na Bahia, através da desenvoltura com que os negros se afirmam pela música e pela dança. O que antes se restringia ao carnaval, já é o movimento chamado blacktude, através do qual entidade negras se inserem na vida cultural da cidade, com efetiva participação e afirmação de cidadania.
Blocos como o Malê De balê e o llê Ayê assumem o papel de centros comunitários, mantendo inclusive uma atuação política. Nos encontros que realizam, o “reggae” é bastante executado, enquanto o ijexá, música dos afoxés, é a preferida, sendo cantada em língua africana. As roupas são confeccionadas em tecidos que reproduzem os vestuários dos ancestrais africanos.
A Cúria Geral se reúne em Salvador para uma programação de debates em torno do tema Projeto-África, uma tendência de expandir a fé católica sem agredir os valores culturais e religiosos das populações nativas. A escolha de Salvador deve-se ao sincretismo religioso aqui verificado.
É inaugurado o Núcleo do Sertão, instalado no antigo prédio da Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus. Todo o acervo do Núcleo foi doado pelo professor José Calasans da Silva, vice-reitor da UFBA.
São peças de importância histórica, entre elas livros, mapas, documentos originais sobre Canudos, cangaceirismo, coronelismo e aspectos do sertão. Destaque para textos originais de autoria do próprio Antônio Conselheiro.
Na Sala do Coro do TCA, a montagem de “Equus”, dirigida por Fernando Guerreiro, conquista crítica e público, tornando-se o espetáculo mais premiado do ano. Ganhou os troféus Martim Gonçalves de melhor direção, melhor espetáculo, melhor ator (Filinto Coelho), melhor atriz (Ângela Fialho) e ator revelação (Domingos André).